Sabia que é necessário, em média, 1 litro de leite para produzir 100g de queijo? E que Portugal produz anualmente cerca de 81 mil toneladas de queijo? Sendo que o queijo flamengo representa o maior volume de vendas (40%), o queijo fresco ocupa 15% de todo o mercado português e o requeijão apenas 2%! Pois bem, vou descrever-lhe boas razões para começar (se ainda não o faz) a incluir este subproduto lácteo na sua alimentação! O requeijão é um lacticínio que apesar de ser produzido há uns longos anos, só recentemente é que começou a captar a nossa atenção. Trata-se de um derivado do leite, obtido através do leite de vaca, de cabra, de ovelha, ou de uma mistura de leites, e que resulta da coagulação do soro de leite por ação do calor. Obtém-se assim uns grumos que são coados e comprimidos para libertarem o restante soro, sendo posteriormente colocados em cestos que facilitam o escoamento. Este processo leva a produção de uma massa branca, cremosa (característica o que distingue o requeijão do queijo fresco) e ligeiramente granulosa com alguma gordura. Se bem que hoje em dia já encontramos á venda requeijões com baixo teor de gordura ou até praticamente isentos desta. De facto, pela sua composição nutricional o requeijão merece um lugar de “destaque” na nossa alimentação. Trata-se de um alimento rico em macronutrientes como a proteína (10,5g/100g) e gordura (12g/100g), e micronutrientes como vitamina A (143µg/100g), carotenos (50µg/100g), ácido fólico (13µg/100g), vitamina B12 (0,7mg/100g) e riboflavina (0,24mg/100g). Obviamente que cálcio também não falta na composição deste alimento (390mg/100g) assim como os minerais fósforo (240mg/100g) e potássio (180mg/100g). Para tornar perfeito este “shot” de nutrientes, o ideal é optar por uma alternativa light ou com redução de gordura que para além de ajudar no controlo da ingestão calórica (62Kcal/100g), reduz significativamente o teor de lípidos (1,1g/100g) sem prejudicar o aporte proteico (9g/100g). Ora se os lacticínios são já conhecidos como bons aliados da saúde óssea, o requeijão não foge á regra, sendo ainda mais vastos os seus benefícios nutricionais: Formação e manutenção de ossos e dentes saudáveis, devido ao teor de cálcio, magnésio e fósforo; Auxilia a recuperação e facilita a construção de massa muscular, dado que possui proteínas de alto valor biológico que contêm todos os aminoácidos essenciais; Promoção do crescimento, funcionamento do sistema imunitário e órgãos reprodutores pela presença de vitamina A; Melhoria dos níveis de glicose sanguínea; Obtenção de energia através dos nutrientes ingeridos, produção e crescimento de células sanguíneas e das hormonas produzidas pelas glândulas supra-renais, considerando para o efeito o papel da vitamina B12 e riboflavina; O consumo de requeijão magro não se encontra associado ao aumento do risco de hipertensão e AVC. Na hora de aquisição deve ter especial atenção á temperatura dado que este tipo de queijo deve ser conservado à temperatura de 0ºC- 6ºC, e posteriormente à abertura da embalagem deve consumir no prazo de 3 dias. O requeijão deve ser envolvido por papel vegetal, de forma a evitar que perca propriedades e adquira outros sabores. Depois de envolvido pelo papel vegetal, deverá ser disposto numa caixa com tampa. Serviço de Nutrição Solinca Bibliografia Helena Real, M. B. (2016). Conhecer o leite. Porto: Associação Portuguesa dos Nutricionistas. Helena Real, M. B. (2018). Queijos, dos frescos aos curados. Porto: Associação Portuguesa de Nutrição. INSA. (2020, 8 11). Portfir. Retrieved from Composição dos alimentos – INSA: http://portfir.insa.pt/foodcomp/food?18307