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Muitos dos leitores podem sentir, de tempos a tempos, dores ou desconforto ao longo da coluna, nomeadamente na zona cervical e lombar. Uns sentem rigidez matinal, outros sentem se “mais presos” ao fim do dia, uns têm historial de doenças osteoarticulares, outros sentem o reflexo da adoção de posturas erradas ao longo do dia e dos dias, outros sofreram uma situação de trauma ou queda…a verdade é que os motivos poderão ser vários.

Uns têm dor constante, outros em determinadas posições sentem dor. Uns têm dor localizada outros têm sintomas neurológicos de dor irradiada até aos glúteos ou ao pé. de O que importa, é alertar para a necessidade de um diagnóstico mais específico que nos permita, enquanto profissionais de exercício físico, potenciar o papel muscular não só para o movimento, mas também para a estabilidade e manutenção da postura. Assim antes de qualquer inicio de prática desportiva, recomendamos também a realização de uma avaliação física para definirmos claramente qual o ponto de partida e qual o melhor acompanhamento e prescrição de treino recomendada.

Baseado no modelo de tensigridade (McGuill, 2007), é mais importante balancear as forças em ambos os lados da coluna, do que fortalecer um dos lados. Ou seja, é mais importante promover a ativação muscular e consequente rigidez muscular dinâmica, para manter a estabilidade articular e prevenir lesões nos tecidos passivos (tendões, ligamentos, cartilagens, etc). 

Para as tarefas do nosso dia a dia, a necessidade desta ativação muscular situa-se em 10% da CVM (contração voluntária máxima) (McGuill, 20007). Daí que, neste contexto de prevenção de lesões, seja mais importante ter músculos resistentes e resilientes do que músculos potentes. 

Em termo gerais, seguindo o mais indicado na literatura, os exercícios como a ponte de glúteos, a prancha lateral e o super-homem poderão ser dos que deve dar prioridade no treino. A partir daqui microprogressões que criem mais desafio à ativação da sua musculatura são bem-vindos, mantendo a técnica e consciência corporal. 

Baseado no modelo “Joint by joint approach” de Gray Cook e Mike Boyle, a mobilidade nas articulações adjacentes, nomeadamente coxo femoral e tórax devem ser promovidas, para não sobrecarregar as articulações lombo sagradas nem as cervicais. Exercícios de mobilidade coxofemoral e torácica são exemplos de aquecimentos específicos que deve fazer. Conte com os nossos profissionais para o ajudar na prescrição de treino mais recomendada para si.

Mantenha-se saudável e ativo com a ajuda da Solinca!

Bons treinos!